terça-feira, 8 de setembro de 2009

O mundo é dos parvos...

É isso mesmo..Eureka! Vivia e pensava de vez em quando, de quem seria o mundo? Pois... falado é muito mais fácil do que escrito mas o mundo é o mesmo..

Ganhei uma caneta e escrevi que um dia gostava de ser..de ser...de ser perfeito..depois pensei que perfeito não tinha piada..depois não tinha pelo que viver..então escrevi que um dia gostava de ser mais alto e mais magro, mas depois pensei que aí deixaria de ser como sou e eu gosto tanto de ser assim...! Então escrevi que um dia gostava de ser escritor, mas depois percebi que os escritores não podem escrever assim: tudo o que pensam... e eu gosto é de escrever assim! Já cansado e sem saber o que escrever, escrevi que um dia gostava de ser completamente parvo...de modo a que não conseguisse perceber nada de nada...nem sequer perceber que era parvo...Gostava de ambicionar querer ser perfeito, mais alto e mais magro e também ser escritor, sem qualquer obtáculo...Poder fazer tudo, sem a consciência a atormentar-me a cabeça...Parvo, parvo, parvo...Verdadeiramente parvo...saber que o céu é azul e não perguntar porquê, queimar-me no fogão e voltar a queimar sem perceber que aquilo queima sempre e não foi apenas o azar da primeira vez, respirar de baixo de água porque os peixes também respiram...ser parvo como os parvos...

Gosto de ser como sou..nem perfeito, nem mais magro, nem mais baixo, nem um escritor de verdade...só gostava de ser mesmo parvo para não conseguir perceber que ainda há quem pense que eu o sou!

Falado é muito mais fácil do que escrito, mas o mundo é o mesmo e eu também sou dono dele!