Ser Estudante...
Para todos, sem excepção, ficam as experiências e os sentimentos de um Estudante.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Para além dos limites...
Existe, algures dento de mim, uma vontade repentina e pessimamente fundamentada de saber ao certo quem estipula os limites do que é aceitável, correcto e justo. Trata-se apenas de uma curiosidade que, embora involuntária, cresceu no tempo e hoje necessita de uma resposta sem qualquer entrave ao meu esclarecimento total.
A obrigação de ponderação e reflexão, antes da execução de qualquer acção, que a sociedade, suave mas eficazmente, nos incute, expõe um dos limites mais dissimulado, mas também mais respeitado, da história da vida do Homem em sociedade: a racionalidade.
Na verdade, nascemos como seres puramente epicuristas e é o tempo que mais uma vez, em detrimento da nossa liberdade natural, envolve em cada experiência uma nova lição. É na intersecção de todas as inferências retiradas das vivências que nasce o maior condicionador da acção de qualquer ser humano.
Tantas vezes foram aquelas em que me apeteceu gritar em público, ser protagonista de grandes escândalos, dizer os mais bárbaros palavrões, ofender quem me quer mal, enfim, ser irracional por momentos e desfrutar incondicionalmente da minha liberdade. Se este é apenas o limite primordial da condição humana e nele cabem tamanhas restrições, então em boa verdade corrijo a minha vontade: viverei eternamente para além dos limites!
quarta-feira, 6 de junho de 2012
A ilusão das palavras...
Cada um diz o que quer. Chamem-lhe liberdade, eu prefiro chamar-lhe insanidade expressa em palavras. Não importa muito quem fala quando o conteúdo da conversa é realmente interessante e todos aqueles que ouvem as "balas disparadas" contra o seu cérebro assumem, no final, que aprenderam alguma coisa.
Para mim o mais importante em cada conversa é mesmo a mensagem passada. O que é que importa falar por falar? Hoje em dia já é tão raro encontrar alguém que nos acrescente alguma coisa que até uma conversa de café com o mais comum dos mortais se pode considerar "culta". Eu não quero isso para mim.
Enquanto uns tentam esconder por trás da expressão plástica de uns gritos e de um bracejar suberbo o vazio de conteúdo das suas capacidades, outros preferem remeter-se ao silêncio cheio de intenção. O que eu prefiro mesmo é dizer em boa verdade que não há fórmulas secretas para conquistar a atenção de ninguém pela ilusão das palavras.
Até os que que acreditam em Deus dizem, condenando as antíteses, que só acreditam no que veem. Outros cépticos, pelo contrário, assumem que quem conta um conto acrescenta um ponto. Tomam o peso ao poder das palavras em frases feitas. Loucos! As palavras não têm peso mas sim valor! Aquele valor que toca, que faz rir ou faz chorar, que anima ou entristece, que incentiva ou descrebiliza, que sabe bem ou sabe mal!
Não podemos sair para a rua a dizer tudo o que nos apetece. Nem os doentes mentais dizem tudo o que pensam sem o crivo da insanidade. Até eles julgam a lógica e a moldam ao seu discurso. Depois há aquelas palavras que nos ficam mal dizer. Aquelas que quando se juntam constroiem frases que fogem da verdade e contam mentiras para quem as quer ouvir. Mas dessas não devemos fugir. Essas,embora sejam balas também, são feitas de pó que quando disparadas se aparentam com uma qualquer bala mas que no seu caminho se vão desfazendo mostrando a todos que no fundo, nada mais são do que um pedido de atenção por parte de quem as dispara. Não as temam, mas também não se aproximem...ninguém gosta de ficar sujo de pó.
O dom da palavra é uma das mais poderosas armas para a qual não existe licença de porte. Todos a podem usar como querem. Alteram-se histórias, inventam-se poetas, amam-se vilões, desculpam-se ladrões...enfim, humilha-se a razão. Há muito que coloquei o meu cravo vermelho no cano desta espingarda que disparava balas. Hoje só escrevo: só lê quem quer, não procuro um ouvinte, todos desconfiam que eu posso não pensar assim mas ao menos passo a minha mensagem: escrevendo sei que vou continuar a falar sem nunca ser interrompido pelo disparar de outra bala, pela ilusão das palavras.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Triste sina...
Dentro de quatro paredes as dores parecem tão maiores. São amarguras do tempo. São doenças diárias que parecem não ter cura. São infernos que me fazem arder por dentro. São desencantos que amargam. São verdades absolutas.
Dentro deste quarto vivi tão pouco que ainda não o sinto como meu. A distancia da casa minha faz-se de um percurso tão longo que olhando para trás não consigo avistar a felicidade que todos os dias me enchia o lar.
Quando a dúvida de ser eu ou ser quem quero ser permanecer eu irei elouquecer. Não porque os loucos não sabem o que fazem mas sim porque fazem o que querem...sem pensar ou senti, apenas fazem! Não me perguntem como estou. Não me peçam para ter calma. Não me tentem ensinar a vida. Apenas me deixem assim: Aqui.
Não sigam as vozes brancas soltas que vos levam aos pesadelos de brancura em que os sorrisos são inventados e as tristezas são apagadas por uma borracha que não existe. Não deixem que as tristezas da alma vos levem a agir contra os vossos sonhos e as vossas metas.
Triste sina daqueles que dependem de outro para viver. Nunca serão felizes. Terão sempre uma peça em falta nesse puzzle que é a vida e quando pensarem que a encontraram, mais cedo ou mais tarde irão perceber que nem todas as peças se unem perfeitamente!
Só a saudade que resta do sentir das suas peles não chega para deitar a baixo a razão que teima em não aparecer. Neste jogo do toca e foge o primeiro a desistir é quem ganha. Imoral, triste, revoltado mas sensato, cuerente e decidido.
Triste sina a de quem tem de escolher entre magoar ou ser magoado...Triste sina!
Dentro deste quarto vivi tão pouco que ainda não o sinto como meu. A distancia da casa minha faz-se de um percurso tão longo que olhando para trás não consigo avistar a felicidade que todos os dias me enchia o lar.
Quando a dúvida de ser eu ou ser quem quero ser permanecer eu irei elouquecer. Não porque os loucos não sabem o que fazem mas sim porque fazem o que querem...sem pensar ou senti, apenas fazem! Não me perguntem como estou. Não me peçam para ter calma. Não me tentem ensinar a vida. Apenas me deixem assim: Aqui.
Não sigam as vozes brancas soltas que vos levam aos pesadelos de brancura em que os sorrisos são inventados e as tristezas são apagadas por uma borracha que não existe. Não deixem que as tristezas da alma vos levem a agir contra os vossos sonhos e as vossas metas.
Triste sina daqueles que dependem de outro para viver. Nunca serão felizes. Terão sempre uma peça em falta nesse puzzle que é a vida e quando pensarem que a encontraram, mais cedo ou mais tarde irão perceber que nem todas as peças se unem perfeitamente!
Só a saudade que resta do sentir das suas peles não chega para deitar a baixo a razão que teima em não aparecer. Neste jogo do toca e foge o primeiro a desistir é quem ganha. Imoral, triste, revoltado mas sensato, cuerente e decidido.
Triste sina a de quem tem de escolher entre magoar ou ser magoado...Triste sina!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Casta....
Não julgues a noite escura
pelo dizer da sua cor
que a noite escura não dorme
e mesmo que te traga dor
não julgues a noite escura
que ela não te tem rancor
Vive alheado do tempo
que o tempo não volta atrás
não percas no tempo o tempo
que no meio do contratempo
só farás o que és capaz
Porque a vida é uma conversa
que na noite escura se faz
diz antes o que não sentes
ela vai perceber que tu mentes
mas que isso a satizfaz
Vira a cabeça para aqui
olha ao redor nesta rua
se não é conversa p'ra ti
desliga o filtro de mentiras
e aceita esta verdade crua
Não finjas não poder olhar
que eu conheço essa maneira tua
de que és dono de coisa perdida,
que vives sozinho na rua
mas que és dono da tua vida.
Casta é a verdadeira razão
de palavras doentes de ser
coisas que o tempo trará
e que mesmo sem eu querer
o que tiver de ser, será!
Filipe Faria
pelo dizer da sua cor
que a noite escura não dorme
e mesmo que te traga dor
não julgues a noite escura
que ela não te tem rancor
Vive alheado do tempo
que o tempo não volta atrás
não percas no tempo o tempo
que no meio do contratempo
só farás o que és capaz
Porque a vida é uma conversa
que na noite escura se faz
diz antes o que não sentes
ela vai perceber que tu mentes
mas que isso a satizfaz
Vira a cabeça para aqui
olha ao redor nesta rua
se não é conversa p'ra ti
desliga o filtro de mentiras
e aceita esta verdade crua
Não finjas não poder olhar
que eu conheço essa maneira tua
de que és dono de coisa perdida,
que vives sozinho na rua
mas que és dono da tua vida.
Casta é a verdadeira razão
de palavras doentes de ser
coisas que o tempo trará
e que mesmo sem eu querer
o que tiver de ser, será!
Filipe Faria
sábado, 3 de setembro de 2011
Se fosse fácil fazer...
Corre um tempo vil e degradante. Descobre um querer redundante de tirar o fólego e aspira-se a cada instante uma quebra adjacente à racionalidade que há muito que ficou para trás.
Não tenho nada. Não quero nada. Não posso ver toda esta ambição a passar me à frente dos olhos sem fazer nada. Quero. As regras assemelham-se a fios electrificados e, tal como eles, não podem ser tocadas mas podem ser ultrapassadas. Não resisto a mim próprio, não resisto a conhecer-me, não resisto a ter-me, não resisto em não pensar no que faço mas sim em pensar em mim.
Viajo de ponto para ponto. De ponto e virgula para ponto final que tarda em chegar. Barcos, carros, aviões...não sei como vou, não sei para onde vou só sei que não vou por ai.
Podem me prender por querer. Podem me julgar por ser assim. Não me podem condenar por me sentir como sinto. Eu sou tudo o que tenho. Não quero nada mais do que tenho mas nem eu sei tudo o que tenho.
Voltas e voltas e como em todas as voltas o principio torna-se num fim exactamente no mesmo sitio. A vida é isto. Ser eu é assim. Não posso fugir do que sou. Eu quero tudo isto!
Escrever...escrever...escrever...se fosse tão fácil fazer!
Não tenho nada. Não quero nada. Não posso ver toda esta ambição a passar me à frente dos olhos sem fazer nada. Quero. As regras assemelham-se a fios electrificados e, tal como eles, não podem ser tocadas mas podem ser ultrapassadas. Não resisto a mim próprio, não resisto a conhecer-me, não resisto a ter-me, não resisto em não pensar no que faço mas sim em pensar em mim.
Viajo de ponto para ponto. De ponto e virgula para ponto final que tarda em chegar. Barcos, carros, aviões...não sei como vou, não sei para onde vou só sei que não vou por ai.
Podem me prender por querer. Podem me julgar por ser assim. Não me podem condenar por me sentir como sinto. Eu sou tudo o que tenho. Não quero nada mais do que tenho mas nem eu sei tudo o que tenho.
Voltas e voltas e como em todas as voltas o principio torna-se num fim exactamente no mesmo sitio. A vida é isto. Ser eu é assim. Não posso fugir do que sou. Eu quero tudo isto!
Escrever...escrever...escrever...se fosse tão fácil fazer!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Lei da Inevitabilidade da Competição...
Vale sempre a pena lutar para conquistar, para ser melhor! Ficar sentado à espera que tudo aconteça é não querer melhorar, é gostar do que se faz, é querer ser-se como se é.
O conformismo nunca fez parte da minha maneira de estar nem de ser. Viver alheado de problemas cansa-me. Doem-me os ouvidos dos ecos subsistentes daquilo que já foi mas que alguém, pelo deserto que encontra na sua alma, tenta trazer todos os dias ao mundo, para se governar de emoção. Dito o tempo no fundo de um poço, dito-o tão depressa que não chego a ouvir o que disse, agora nem o que digo agora, ou o que direi, agora…
Para mim não existem razões que façam prevalecer a glória de uma conquista passada. A vitória de cada dia vive dentro de mim e é nela que deposito todo o meu empenho. No final, à noite, banho-me em triunfo, deito-me com orgulho e adormeço com o sabor da conquista de mais um dia. Estou pronto!
Na imensidão que me habita, torna-se fácil arranjar motivos para guerrear. Por isto ou por aquilo, tudo vale a pena. E não me olhem com esse ar de gente consolada com a vida e aterrorizada com o que digo. Não faço mal a ninguém, não… A ideia usada de que para haver um vencedor terá de haver um derrotado não passa disso mesmo, uma ideia usada, e como já disse, o que já foi, para mim, não volta a ser.
Não sei se já houve um Newton ou um Darwin que tratassem de tal lei nos seus escritos sábios, acho que não, mas eu já ouvi falar dela, aliás, eu vivo baseado nela. Chama-se Lei da Inevitabilidade da Competição. Todos os dias me supero. Em cada obstáculo vejo uma batalha a travar onde transformo o não em sim, a dor em alegria e a nostalgia em ambição. Travo uma guerra aberta com o estado de repouso e nunca me irei realmente contentar com o primeiro lugar…
O conformismo nunca fez parte da minha maneira de estar nem de ser. Viver alheado de problemas cansa-me. Doem-me os ouvidos dos ecos subsistentes daquilo que já foi mas que alguém, pelo deserto que encontra na sua alma, tenta trazer todos os dias ao mundo, para se governar de emoção. Dito o tempo no fundo de um poço, dito-o tão depressa que não chego a ouvir o que disse, agora nem o que digo agora, ou o que direi, agora…
Para mim não existem razões que façam prevalecer a glória de uma conquista passada. A vitória de cada dia vive dentro de mim e é nela que deposito todo o meu empenho. No final, à noite, banho-me em triunfo, deito-me com orgulho e adormeço com o sabor da conquista de mais um dia. Estou pronto!
Na imensidão que me habita, torna-se fácil arranjar motivos para guerrear. Por isto ou por aquilo, tudo vale a pena. E não me olhem com esse ar de gente consolada com a vida e aterrorizada com o que digo. Não faço mal a ninguém, não… A ideia usada de que para haver um vencedor terá de haver um derrotado não passa disso mesmo, uma ideia usada, e como já disse, o que já foi, para mim, não volta a ser.
Não sei se já houve um Newton ou um Darwin que tratassem de tal lei nos seus escritos sábios, acho que não, mas eu já ouvi falar dela, aliás, eu vivo baseado nela. Chama-se Lei da Inevitabilidade da Competição. Todos os dias me supero. Em cada obstáculo vejo uma batalha a travar onde transformo o não em sim, a dor em alegria e a nostalgia em ambição. Travo uma guerra aberta com o estado de repouso e nunca me irei realmente contentar com o primeiro lugar…
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Inexplicável...
Finalmente ganhei coragem para vir ter contigo outra vez, amigo de tantas horas...Hoje lembrei me de ti, e das vezes que te ignoro, das vezes que não quero saber da tua existencia...Hoje achei que devia dar-te explicações de mim próprio. A velha história de que "não têm sido tempos fáceis" já foi ultrapassada e agora admito o erro.
"O tempo é um bom conselheiro!" Ouvia tantas vezes esta frase que achei sempre que seria apenas mais um cliché mas agora compreendo...O tempo leva e trás coisas inexplicáveis. Viver um dia de cada vez já não chega. Agora já se tem de viver um segundo de cada vez. Um dia é uma eternidade.
"As pessoas mudam!" Nada mais do que a verdade no que por aqui se diz mas as mudanças são quase sempre sinónimo de destabilização. Mudar de casa, de cidade, de curso, de emprego, de hábitos de vida... É sempre uma complicação e mais ainda quando a capacidade de nos afastarmos do que fica para trás se limita a réstias de tempo!
"Palavras levam-nas o vento!" Eu diria que as atitudes ficam para quem as toma mas a verdade é que na esmagadora maioria das vezes as atitudes fazem-se acompanhar por palavras, doces ou amargas, mas palavras que também marcam...
"Escrever é a única forma de falar sem ser interrompido!" É um facto... talvez por isso prefira mil vezes mandar uma sms a telefonar, de mandar um mail em vez de convocar uma reunião ou então de escrever um post em vez de ter uma mera conversa cheia de complexidades mórbidas que apontam apenas e só para a demagogia e nunca para a efectividade das coisas!
Porque na verdade tudo isto é relativo e embora não goste tenho que assumir que a relatividade das coisas é a verdade delas mesmas: difíceis, complicadas, complexas, irreverentes mas sobretudo inexplicáveis!
"O tempo é um bom conselheiro!" Ouvia tantas vezes esta frase que achei sempre que seria apenas mais um cliché mas agora compreendo...O tempo leva e trás coisas inexplicáveis. Viver um dia de cada vez já não chega. Agora já se tem de viver um segundo de cada vez. Um dia é uma eternidade.
"As pessoas mudam!" Nada mais do que a verdade no que por aqui se diz mas as mudanças são quase sempre sinónimo de destabilização. Mudar de casa, de cidade, de curso, de emprego, de hábitos de vida... É sempre uma complicação e mais ainda quando a capacidade de nos afastarmos do que fica para trás se limita a réstias de tempo!
"Palavras levam-nas o vento!" Eu diria que as atitudes ficam para quem as toma mas a verdade é que na esmagadora maioria das vezes as atitudes fazem-se acompanhar por palavras, doces ou amargas, mas palavras que também marcam...
"Escrever é a única forma de falar sem ser interrompido!" É um facto... talvez por isso prefira mil vezes mandar uma sms a telefonar, de mandar um mail em vez de convocar uma reunião ou então de escrever um post em vez de ter uma mera conversa cheia de complexidades mórbidas que apontam apenas e só para a demagogia e nunca para a efectividade das coisas!
Porque na verdade tudo isto é relativo e embora não goste tenho que assumir que a relatividade das coisas é a verdade delas mesmas: difíceis, complicadas, complexas, irreverentes mas sobretudo inexplicáveis!
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